domingo, 16 de janeiro de 2011

Para a garota.

Eu juro que queria passar naquela rua todo dia, só para poder ver aquela garota, ela tinha a pele branca e os cabelos negros de morte, era como se ela cantasse alguma música encantadora, era verdade que ela me encantava, mas ao mesmo tempo que era tão encante, tão traisueira poderia ser, eu ia e vinha do nada ao encontro do quase tudo, ela era o meio termo das coisas, sempre tentei alcança-la, perdia as forças ao chegar no portão, nunca me atrevi ir adiante, tinha medo de descobrir o real significado da canção, não queria ver ela chorar, não queria trocar uma palavra com ela se quer, as palavras entorpecem e causam sentimentos adversos, elas sim são traisueiras, a culpa não era da garota, era do que ela vinha há se tornar. Palavras e mais palavras, as primeiras que aprendemos a falar, a últimas a se falar, a metade a se falar, todas carregam seu significado e quase sempre carregam tudo, hoje, o caso é: palavras de morte, da cor do cabelo da garota, morte de espirito, nem o poder das palavras do feitiço me trazem de volta, mesmo morto espero alguma coisa daquele portão, daquela canção, sempre esperamos, cegamente esperamos.

2 comentários:

  1. Porra, foda esse texto, muito poético, também espero, acho que todos esperamos...
    Um abraço, mano!

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  2. intenso eim lucas,gostei de cada linha cara. ta cada vez melhor o que tu escreve e eu só quero continuar a ler e me identificar haha.

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