É apenas 17.

Pois é, o tempo anda passando sabe, esses dias atrás estava eu rodando meu peão e jogando minha bolinha de gude no campo de terra da Dona Cida, hoje é um dia em que se acrescenta mais um número a somatória de anos da minha vivencia com essas pessoas loucas, pessoas que fazem uma diferença enorme quando estão perto, e quando estão longe abrem crateras de uma imensa saudade que talvez não se cure ou feche jamais. Hoje nesse dia que talvez seja especial eu quero realmente agradeçer aos poucos e bons amigos que eu tenho, aqueles que aguenta as porcarias que eu falo, aqueles com qual rolam as melhores risadas e piadas altamente toscas. De verdade ainda sinto falta de algo, é sobre as crateras abertas, é elas não cansam de jorrar um tipo de fogo ou sangue que inunda sua alma de tristeza, e por mais que sejam felizes os momentos, momentos são apenas momentos e já ficaram para trás, e talvez essa história de viver o presente faça realmente sentido, eu já fui voltei, fui denovo e agora estou ficando aqui. Eu realmente aprendi nesses meus 17 anos que errar não é perder, é crescer sabe, as coisas não se resume a só isso, mas isso também faz parte, não é a parte vital, mas é um pedaço de um todo, que quando falta, discontrola tudo, causa dor e machuca. Ao longo desses poucos anos eu aprendi também que eu sou covarde e daqui há 5 anos vou ser o mesmo, com a minha covardia vou tentar ser apenas eu, não quero me encaixar no seu molde e muito menos te agradar, só desejo conseguir caminhar, para onde? não sei realmente não sei, mas em qualquer lugar que você for eu vou estar lá tentando caminhar, da minha maneira, sabe de verdade a única coisa que eu quero de todo a alma? que pare de doer.


Como já disse o grande Caio Fernando Abreu, e aqui fica minha humilde homenagem a ele. "Quem diria que viver ia dar nisso? e olha que eu nem comecei a viver."